Chuvas no RS: pedidos de indenizações alcançam R$ 5,6 bilhões
Entre 18 de junho e 31 de julho, o volume total de pedidos de indenizações de seguros associados à enchente no Rio Grande do Sul registrou aumento de 43%. Segundo levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), elaborado junto às associadas, os pedidos de indenizações alcançaram R$ 5,6 bilhões, valor R$1,71 bilhão a mais do que o divulgado em 19 de junho, quando os registros somaram R$ 3,885 bilhões.
De acordo com o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, esse é um número bastante relevante e elevado, do ponto de vista da indústria de seguros. O dirigente explica que, embora seja uma pequena contribuição para a recuperação do estado, diante da catástrofe que assolou o estado e afetou famílias, empresas e negócios, é evidente a consternação com todo o sofrimento da população. “A indústria de seguros, mais uma vez, demonstra seu papel e função social, ajudando a recuperar os bens, o patrimônio e a renda das pessoas afetadas”, destaca, em vídeo divulgado.
Oliveira destaca ainda que, apesar do importante crescimento, os números mostram uma desaceleração nas solicitações dos anúncios de sinistros, o que indica que os dados estão perto do valor final. “Para os próximos meses, é possível que tenhamos crescimento apenas nos pedidos de Grandes Riscos, já que requerem processos de avaliação de perdas mais demorados, que envolvem vistorias minuciosas”, afirma.
Em julho, os dados referentes às solicitações de pagamento de seguros automóvel e agrícola em julho tiveram uma leve redução frente aos números anunciados em junho, resultado de ajustes nos dados repassados pelas seguradoras, já que o levantamento é referente aos avisos de sinistros e não de pagamentos efetivados.
Em quantidade, as seguradoras registraram 57.045 avisos de sinistro desde o início de maio. As solicitações definidas como Outros (Empresarial, Transporte, Riscos Diversos e Riscos de Engenharia) foram as que registraram maior crescimento (65,3%), com 7.133 pedidos de indenizações, somando R$ 817,9 milhões.
Já em termos absolutos, Grandes Riscos cresceu quase R$ 1,5 bilhão de um mês para outro, chegando a mais de R$ 2,8 bilhões em pagamentos, sendo até agora o que registrou o maior volume de indenizações. O levantamento apurou 821 sinistros avisados.